Pavimento aeroportuário é recuperado com tecnologia não destrutiva

Pavimento aeroportuário é recuperado com tecnologia não destrutiva

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Aumentar a capacidade de suporte geotécnico do solo, preenchendo vazios e compactando o solo, para recuperação da estrutura de um pavimento rígido em um dos principais aeroportos do Rio de Janeiro. Esse foi o desafio que a Construtora Gmaia, da Priner, assumiu, com o reforço da sua base através da tecnologia Priner Soil Injection (PSI), um método não destrutivo, com injeção de resinas expansivas no solo. A intervenção ocorreu em uma área de 22 m x 20 m, abrangendo um total de 483 pontos de injeção com profundidades variáveis.

A inspeção técnica inicial identificou fissuras no pavimento e condições que exigiam ações imediatas para evitar degradação progressiva, por isso foram realizadas visitas técnicas para definição da área, assegurando que os procedimentos atendessem às necessidades estruturais do local.

A solução desenvolvida foi de utilizar a modelagem geotécnica em elementos finitos para simular a expansão da resina no solo. Utilizando malha de regular, foram de marcados pontos de injeção, um total de 483, e realizado ensaios de penetração para verificar as condições iniciais do solo. O pavimento foi perfurado em profundidades específicas com o uso de equipamentos apropriados para assegurar precisão e eficiência.

Os profissionais usaram resina expansiva de poliuretano, aplicado em duas profundidades e o processo garantiu a expansão do material até atingir o volume especificado em projeto ou sinalizar movimentação discreta na superfície. A etapa foi acompanhada por nível rotativo a laser, para detectar movimentações milimétricas e a execução seguiu as diretrizes internas da construtora para injeção em solo.

Remoção e Tamponamento dos furos: Foi realizado o corte das hastes, seguido pela limpeza do furo e aplicação de adesivo estrutural epóxi para tamponamento.

Ensaio DPL: O procedimento de ensaio foi realizado antes e depois da recuperação. Com a cravação da ponta cônica, foi possível analisar a resistência à penetração do solo, permitindo a detecção de camadas com diferentes resistências. Os resultados obtidos foram excelentes, evidenciando um aumento expressivo na resistência do solo.


Após o corte, todo concreto danificado foi retirado com o uso do martelete, em uma profundidade 18 cm da placa de concreto. Posteriormente foi realizada a limpeza da área para remoção das partículas soltas e impurezas.

Instalação da Armadura: Realizou-se a marcação, perfuração e limpeza com ar dos furos de ancoragem das armaduras conforme projeto de recuperação. Na junta de movimentação foi instalada uma barra de transferência quadrada com EPS e graxa nas laterais. Nas juntas com o piso existente foram instaladas barras CA50, ancoradas com resina epóxi.

Concretagem: Realizada com controle de slump, retirada de corpos de prova para ensaios mecânicos nas primeiras idades e a cura foi química para garantir resistência solicitada pelo projeto.

A aplicação da resina expansiva no solo e recuperação estrutural da placa de concreto resultaram em uma significativa melhora na capacidade de suporte do pavimento, minimizando a intervenção na área e reduzindo emissão de CO², já o reforço geotécnico ocorreu em área maior, sem haver necessidade de demolição do pavimento. Os processos adotados eliminaram vazios críticos, estabilizaram o subleito e restauraram a integridade da pista.

Esse método mostrou-se não apenas sustentável, mas com elevada eficiência em comparação aos métodos convencionais, reduzindo drasticamente o impacto na operação do aeroporto, atendendo aos requisitos de segurança e durabilidade da infraestrutura.

RECUPERAÇÃO ESTRUTURAL DA PLACA PROTENDIDA I.

Demolição: Realizou-se a demarcação e delimitação com serra mármore da área a ser recuperada, definida pela engenharia do aeroporto.


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