A Imigrantes, segundo ele, é uma das melhores rodovias do Brasil, tanto em termos de geometria de traçado quanto no que diz respeito à segurança. Entretanto, em geral, os índices brasileiros de mortalidade nas estradas são elevadíssimos, frente a médias europeias e norte-americanas, por exemplo. “A Ecovias desempenha um esforço muito acentuado para tentar resolver essas questões. Mas, mesmo assim, não podemos fazer muito, porque o grande problema é normativo e não técnico”, menciona.
Existem técnicas no exterior que poderiam diminuir esses índices negativos. Mas o Código de Trânsito Brasileiro e as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) estariam defasados, de acordo com o engenheiro. “O Grupo Ecorodovias está trabalhando fortemente, em parceria com a ABNT, para ajudar no desenvolvimento de uma nova norma, para atualizar essa legislação”, informa.
Sem mudar as normas, na opinião do vice-presidente executivo da concessionária, não será possível mudar as rodovias: “Só a boa vontade da concessionária não é suficiente. É preciso que haja uma norma que regule e seja obedecida por todos. Esse é o primeiro passo, em que já estamos trabalhando. Por ser um processo complexo, que também depende de aprovação do congresso e do governo, acreditamos que daqui a dois anos já teremos novidades sobre isso”.
Ele informa que a concessionária já implementou algumas medidas, baseadas nas atuais normas, que deixam algumas brechas que permitem mudanças em dispositivos de segurança. “Quando temos de colocar novas barreiras de proteção, por exemplo, já usamos os modelos mais modernos, homologados no exterior, particularmente na Europa”, diz ele.
Fonte: Padrão