O governo partiu, enfim, para o processo de concessões, a fim de permitir que a iniciativa privada passe a cuidar do processo de modernização de alguns dos principais aeroportos brasileiros: o aeroporto de Guarulhos, cujo leilão foi vencido pelo Consórcio Invepar; o aeroporto de Viracopos, entregue ao Consórcio Aeroportos Brasil e o aeroporto de Brasília (DF), que ficou com o Consórcio Inframérica.
Guarulhos (São Paulo). O Consórcio Invepar, composto pela Invepar Investimentos e Participações e Infraestrutura, pela OAS e fundos de pensão, informa que, para eliminar a defasagem no aeroporto de Guarulhos, está cuidando da elaboração do Plano de Transição Operacional, que prevê melhorias nos serviços operacionais.
A principal obra, na primeira fase, tendo em vista a Copa de 2014, é a construção de um novo terminal de passageiros com capacidade adicional para 12 milhões de pessoas e 22 pontes de embarque, além da oferta de 10 mil vagas de estacionamento. No médio e longo prazo, os terminais atuais serão reformados, prevendo-se a construção de novos terminais para manter nível satisfatório de serviço.
O consórcio informa também que o planejamento da infraestrutura do aeroporto tem em vista um aumento da capacidade entre 30% e 40% para a Copa do Mundo e para a Olimpíada de 2016. A área a ser disponibilizada para isso será suficiente para prestar o nível de serviço exigido pelo edital do leilão. O contrato do consórcio tem vigência de 20 anos.
Viracopos (Campinas). O Consórcio Aeroportos Brasil, formado pela UTC Participações (45%), Triunfo Participações (45%) e Egis Airpot Operation, da França (10%), está trabalhando na estruturação do programa de obras e conta com assessoria externa da empresa holandesa Naco e da operadora do Aeroporto de Munique.
O programa de obras dará ênfase especial à construção do terminal da fase 1, que deverá atender à demanda de 1.500 passageiros na hora de pico e a de 5 milhões de passageiros ao longo do ano. Para a operação desse primeiro terminal está prevista a construção de novas pistas de taxiamento, que deverão permitir o parqueamento remoto de outras aeronaves.
Está prevista também, na primeira etapa da concessão, uma intervenção imediata no atual terminal de passageiros. Ele atende a 7 milhões de passageiros/ano, quando sua capacidade projetada é para apenas 4 milhões de passageiros/ano. A intervenção deverá corrigir essa distorção.
O plano do consórcio é transformar Viracopos em uma cidade-aeroportuária, uma vez que dispõe de espaços para esse fim: possui 25 milhões de m² para ocupação futura. Vigência do contrato: 30 anos.
Aeroporto de Brasília. O Consórcio Inframérica, formado pela Infravix, empresa do Grupo Engevix e pela Corporación América, dispõe de estudos técnicos que mostram as obras necessárias a serem construídas para a modernização e melhorias gerais na operação do aeroporto de Brasília. Segundo o consórcio, as melhorias mais urgentes incluem as obras das pistas de taxiamento, estacionamento, reformas do terminal em funcionamento e a construção de 14 pontes de embarque. Além destas, outras obras estão programadas para o período 2015-2017. Em pauta, também, e em caráter de urgência, a construção de um novo terminal de passageiros. A chamada fase zero do programa de obras (etapa emergencial) prevê investimentos de R$ 500 milhões no novo terminal 3. O contrato, desse consórcio, terá 25 anos de vigência.
Fonte: Padrão