Obras e tecnologias serão destaque na publicação eletrônica

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Em janeiro de 2012, as revistas ENR e O Empreiteiro lançam newsletter eletrônica global em português
Desenvolvimentos recentes em tecnologias de construção, projeto e gestão, além de obras que se distinguem pelas soluções técnicas ou gerenciais aplicadas, em qualquer ponto do planeta — estas duas linhas editoriais serão os pontos fortes da newsletter eletrônica quinzenal que as revistas ENR-Engineering News Record, da McGraw Hill, de Nova York, Estados Unidos, com mais de 100 anos de atuação no mercado de construção e engenharia, e  O Empreiteiro, que completou 50 anos em 2011, lançarão em conjunto em janeiro.

O conteúdo editorial será extraído das edições eletrônicas e impressas da ENR, além do site www.enr.com. Em contrapartida, a revista O Empreiteiro fornecerá matérias sobre projetos de infraestrutura e construção no Brasil para o grupo editorial americano.

Eis uma amostragem do que foi noticiado pela ENR recentemente:

LIDERANÇA CANADENSE EM PROJETOS PPP

Canadá está dez anos à frente dos Estados Unidos em projetos de parceria público-privada (PPP), afirmou Brad Watson, sócio da KPMG, na conferência realizada pela American Road and Transportation Builders Association, em novembro. A estruturação do contrato PPP, modelos sólidos de divisão de riscos e a adesão da maioria das províncias do país são fatores positivos que ajudam na difusão dessa modalidade.

O país já tem uma série de empreendimentos em curso em diferentes fases, e isso atrai um fluxo de negócios e empresas interessadas.

Outro aspecto é a consistência e padronização da documentação dos projetos, que replicam as partes essenciais, com clara alocação dos riscos envolvidos. As províncias formaram agências para lidar com projetos PPP há anos, e as empresas de engenharia e investidores interessados tem convicção sobre o curso de uma licitação e confiam que têm chances de vencê-la.

As instituições financeiras, por outro lado, têm também um papel importante: conhecendo a solidez do processo, o apoio político das províncias e o nível dos participantes, conseguem praticar taxas competitivas para as garantias e os seguros de performance.

LAJE DE CONCRETO PREENCHIDA DE BOLHAS REDUZ MASSA EM 30%

Na construção da arena de hóquei La Bahn, na Universidade de Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos, foi especificado que as salas de armários dos jogadores deveriam ter o maior pé direito possível. Uma laje de concreto tradicional teria uma espessura razoável, reduzindo a altura livre sob o teto.  Após analisar diversas alternativas, decidiu-se pelo sistema BubbleDeck, que emprega bolhas de plástico espaçadas a intervalo regular para reduzir em até 30% o volume de concreto consumido.  Embora seja conhecido na Europa e Canadá, seria a aplicação pioneira do método no país.

As bolas plásticas e a armadura pré-fabricada podem ser montadas no local, mas a maioria dos clientes prefere encomenda-las já pré-montadas sobre um painel pré-moldado, eliminando o uso de formas e antecipando a instalação das redes de hidráulica e elétrica. Em agosto passado, as equipes concretaram 1.200 m² de BubbleDeck na arena, onde alguns vãos medem até 12 m.

Numa laje típica de 20 a 25 cm, o sistema permite usar 10% a 15% menos concreto. Quanto mais espessa a laje, maior a economia. No caso da arena de hóquei, o proprietário economizou cerca de US$ 25 mil. A redução no volume de concreto favorece também a certificação LEED, como o caso desta obra.

BÔNUS POR ANTECIPAÇÃO DE ENTREGA

Em setembro, em Iowa, Estados Unidos, as equipes do consórcio composto pela Peterson Contractors e Reilly Construction começaram a reconstrução da rodovia I-680, danificada por enchentes perto de Crescent, sabendo que o contrato de US$ 19,2 milhões tinha um bônus de antecipação de US$ 2 milhões, caso as quatro faixas do trecho de 4 km fossem devolvidas ao tráfego em 20 de Novembro. As empresas, da diretoria às equipes na obra, arregaçaram as mangas.

Algumas soluções foram criadas no campo. A faixa divisória que separa as duas pistas foi reaterrada antes, para ser usada como estrada de serviço. No total, 100 mil t de pavimento existente foram recicladas para produzir 35 mil m³ de agregados em 15 dias. Uma parte de pedra foi trazida de trem, e outra em 100 caminhões. A concreteira instalou uma usina no local, produzindo 300 m³/h.

O espírito de vencer o desafio que tomou conta do pessoal, mais um clima favorável e a ausência de tráfego na estrada, levou o consórcio a entregar a rodovia em 33 dias e embolsar o bônus. Uma ideia e tanto para quem precisa construir arenas para Copa e Olimpíada a toque de caixa.

CH2M HILL CONCLUI AQUISIÇÃO DA HALCROW
Em uma das maiores aquisições recentes por parte de uma empresa americana de engenharia, a CH2M Hill está finalizando a aquisição da Halcrow Group britânica, especializada em projetos de transportes a nível global, por US$ 192 milhões em dinheiro, que somado a dívidas existentes, eleva o montante a US$ 356 milhões. O negócio depende da aprovação dos acionistas privados da Halcrow e das autoridades do país.

CH2M Hill, com experiência em projeto-construção, operações e gestão de programas, e que integra o consórcio que gerencia a implementação do Parque Olímpico de Londres, registrou US$ 6,3 bilhões de receita total em 2010, comparado a US$ 719 milhões da Halcrow.  A aquisição vai criar uma empresa de engenharia com 30 mil empregados, sendo 11 mil fora dos Estados Unidos.

FAZENDA SOLAR DE 400 MW ANUNCIADA NA FLÓRIDA
A National Solar confirmou que está finalizando o financiamento de uma fazenda solar de 400 MW ao norte da Flórida, Estados Unidos, ao custo de US$ 1,5 bilhão, com início de construção previsto para 1º trimestre de 2012. Ao longo de cinco anos, a empresa construirá pelo menos 20 plantas fotovoltaicas de 20 MW, no condado de Gadsden, ao custo de US$ 70 milhões cada, ocupando 200 ha. A Hensel Phelps, de Colorado, vai projetar, construir e operar as fazendas solares, que ficarão ligadas cada uma por si à rede de energia. A distribuidora Progress Energy já contratou 50 MW desse projeto, para atender horários de pico de demanda.

AEROPORTO DE SAN DIEGO FAZ EXPANSÃO EM SÍTIO CONFINADO
Um dos mais movimentados aeroportos do mundo com uma única pista, confinado pelo mar e por terras urbanizadas, o aeroporto internacional de San Diego, na Califórnia, Estados Unidos, está executando intrincadas obras de expansão num sítio de apenas 273 ha — 2,6 km².  O programa de US$ 1 bilhão inclui uma expansão de 41 mil m²
do terminal 2, ampliando os portões de embarque de nove para 19, e dois saguões de compra de passagem situados na calçada com 1.580 m² cada; e um centro para passageiros em trânsito, uma via elevada para embarque, seis cruzamentos elevados, novas vias de acesso e estacionamentos. A meta é comportar 33 milhões de passageiros por volta de 2030.

Um consórcio formado pela Flatiron, Turner e PCL Constructors tem um contrato projeto + construção de US$ 500 milhões para essas obras, além de 140 mil m² de pistas de taxiamento, que vão exigir 800 m³ de concreto lançados cada noite. Calcula-se que a modalidade projeto + construção reduziu os prazos em um ano.
Uma ideia interessante nesta expansão são os balcões de uso comum, onde os passageiros podem fazer o check-in independente de qual companhia aérea emitiu o bilhete. Os balcões de check-in na calçada também cumprem essa função, onde os passageiros já deixam suas malas. Dois pavilhões receberam cobertura tênsil de tecido, de montagem rápida.


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