A geração de energia limpa a partir da incineração do lixo será o tema da apresentação que a Centroprojekt do Brasil fará no próximo dia 26 de abril, no Salão de Convenções Oviedo Teixeira, no Hotel Fazenda Boa Luz, no Km 16 da BR 235, em Aracaju (SE). A exposição “Projeto de Geração de Energia a partir do Lixo” é destinada a gestores públicos e privados e tem como objetivo divulgar as novas tecnologias aplicadas em resíduos, que produzem energia sem comprometer o meio ambiente.
Recentemente, o governo criou a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que instituiu um marco regulatório para o setor. A nova legislação estabeleceu regras para a destinação final dos rejeitos, proibindo os municípios de manter lixões, os conhecidos aterros a céu aberto. De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Empresas Públicas de Resíduos Especiais, são produzidos por ano 64 milhões de toneladas de detritos sólidos domésticos, 2,9 milhões de detritos industriais tóxicos e 1,5 milhão de detritos oriundos dos serviços de saúde.
A Centroprojekt do Brasil é uma das principais empresas que trabalham com a tecnologia Waste-to-Energy (WTE) no Brasil. Trata-se de um processo de obtenção de energia por meio da incineração do lixo. Muito utilizada em países da Europa e nos EUA, essa tecnologia é tida como ambientalmente correta, pois não polui o meio ambiente e consegue produzir até 50 megawatts de energia por ano, a partir de uma planta básica de 170 toneladas/dia. Isso equivale ao abastecimento de 24 mil residências.
A queima do lixo urbano e sua transformação em energia é uma das alternativas ambientais para as Prefeituras, já que reduzirá os problemas de destinação do lixo. Além da viabilidade técnica e econômica, é uma fonte segura de energia alternativa. A energia limpa decorrente da combustão dos resíduos é garantida por meio de equipamentos de controle da poluição, que impedem a liberação de gases do efeito estufa, entre eles o dióxido de carbono.
Para poder oferecer esse tipo de tecnologia no Brasil, a Centroprojekt buscou parceiros internacionais. A escolha da WTE levou em conta o enquadramento às rígidas normais internacionais de emissão de gases, além do fato desta tecnologia ser capaz de processar com eficácia lixos muito úmidos, que é uma das características do lixo brasileiro. O lixo úmido ou lixo orgânico geralmente é formado por materiais orgânicos como restos de alimentos, folhas e galhos de plantas.
Fonte: Padrão