A Concessionária Linha Universidade (Linha Uni), responsável pelo empreendimento da Linha 6-Laranja de metrô de São Paulo, tem feito desmonte de rocha a fogo controlado em vários pontos da obra.
Atualmente, essa operação ocorre nas futuras estações João Paulo e Freguesia do Ó, ao longo das escavações dos poços e, na sequencia, na execução das estruturas das estações.
No Pátio Morro Grande, local onde será construído o pátio de manutenção e estacionamento dos trens, o desmonte de rocha a fogo controlado está sendo executado junto às atividades de terraplenagem,
criando-se uma praça nivelada onde será construído o pátio. Ainda este ano haverá outras frentes com desmonte de rocha a fogo controlado, como: Estação Vila Cardoso e VSE (ventilação e saída de emergência) Simão Velho, além dos
túneis de acesso para que os trens ingressem ao pátio.
Com 15,3 km de extensão, 15 estações e 18 poços, a Linha 6-Laranja vai ligar a Brasilândia, na zona norte da capital paulista, à Estação São Joaquim, na região central da cidade. A linha deverá transportar mais de 633 mil passageiros por dia. A profundidade das estações varia de 28 m a 69 m.
A Acciona abriu, até o momento, atividades em 18 frentes de trabalho. Entre elas, estão as futuras estações: Brasilândia, Itaberaba, João Paulo I, Freguesia do Ó, Santa Marina, Água Branca, Perdizes, PUC Cardoso de Almeida, Angélica-Pacaembu e Higienópolis-Mackenzie.
Também atingiu a marca de mais de 1.800 profissionais diretos e indiretos atuando nas obras, devendo chegar ao pico de 9 mil contratações até a conclusão das estruturas.
A Acciona deu início à montagem das duas tuneladoras (TBMs) e, logo após a conclusão, começa o trabalho de escavação dos túneis que conectam as estações, previsto para o início do ano que vem. Enquanto um dos equipamentos avançará na direção norte (rumo à estação Brasilândia), escavando 5 km, o outro seguirá sentido sul (do Tietê para a intersecção com a Linha 1-Azul), percorrendo 10 km.
A previsão de escavação das tuneladoras é de aproximadamente de 8-9 metros por dia para a tuneladora que partirá rumo ao norte; e de aproximadamente 13-14 metros por dia para a tuneladora que partirá rumo ao sul – a diferença de produtividade se deve a variação de geologia.
O VSE Pacaembu é outro ponto estratégico para o avanço das obras. Futuramente, ele será o poço de apoio para o abastecimento dos anéis de revestimento dos túneis, que serão instalados pela TBM na parte final do trecho de escavação sentido VSE Felício dos Santos.
Maior obra de infraestrutura em execução atualmente na América Latina, o empreendimento é uma parceria público-privada (PPP) do Governo do Estado de São Paulo com a Concessionária Linha Universidade,
da qual a espanhola Acciona é sócia. As obras estão em execução pelo braço de construção do grupo Acciona. Depois de finalizada, a Linha 6 será operada pela Linha Uni por 19 anos. O investimento previsto é de R$ 15 bilhões.
Os grandes volumes dessa obra civil incluem: 3,2 milhões de m³ de escavação em solo; 1 milhão de m³ de escavação em rocha; 980 mil m³ de concreto em estruturas; 162 mil m³ de concreto nos anéis (aduelas); 77 mil toneladas de estrutura metálica e 1 milhão de m² de formas. Serão ainda montadas 318 escadas rolantes e 82 elevadores.
Em outubro do ano passado, a Acciona havia concluído as negociações do contrato de cessão com o consórcio brasileiro Move São Paulo (antigo concessionário da Linha 6 e que parou as obras em 2016) e com o Estado de São Paulo para a construção, operação e manutenção do ramal. A conclusão da obra está prevista para 2025.