A Companhia Vale, junto à parceira coreana Dongkuk, está em negociações para redefinir a composição societária da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP). O novo acordo pode fazer com que a Vale se torne a acionista majoritária do projeto, elevando sua participação de 20% para uma faixa entre 40% e 60%.
Segundo Antonio Balhmann, presidente da Agência do Desenvolvimento do Nordeste, a mudança vem de uma orientação do Governo Federal, que designou a Vale como a “âncora brasileira” para projetos siderúrgicos no país. Essa influência governamental, somada aos investimentos da mineradora em bancos públicos, justifica a necessidade de uma participação mais forte da Vale no empreendimento.
A CSP é um dos grandes projetos nacionais de produção de placas de aço. A Vale, em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), confirmou que a nova parcela de ações ainda não foi definida e depende da aprovação de seu Conselho de Administração.
Novas Regras para Leilão de Energia Eólica
Em um tópico separado, o presidente da Adece, Antonio Balhmann, anunciou que até o final da próxima semana será publicada uma portaria com novas regras para o leilão de energia eólica, programado para 25 de dezembro. As alterações foram discutidas no Fórum Nacional Eólico Carta dos Ventos e incluem:
Leia também: Leilão de energia eólica recebe 377 projetos
- Potência de geradores: A potência máxima de geradores importados sem impostos será ajustada de 2,3 MW para 1,5 MW.
- Torres de medição: A altura das torres de medição de ventos passará de 50m para 30m.
- Distância entre torres e parques: A distância entre as torres de medição e os parques eólicos será alterada de 8 km para 16 km.
Essas mudanças visam adequar as regras do leilão e foram acordadas com o setor.
