OTerminal Portuário do Pecém arranca com obras de ampliação de curto, médio e longo prazos. São investimentos da ordem de R$ 1,14 bilhão até 2016 para obras já em andamento. O porto, que começou a operar em 2002, está situado em São Gonçalo do Amarante, pequena cidade do litoral cearense. O terminal é integrado ao Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), administrado pela conjugação da Secretaria da Receita Federal, Polícia Federal, Ibama, Capitania dos Portos, Secretaria Estadual da Fazenda, Secretaria de Agricultura e Uvagro/Pecém. O porto recebe navios de até 175 mil tpb (toneladas de porte bruto), com calado máximo de 15,5 m. Atualmente, possui acostagem com dois píeres: um destinado a produtos siderúrgicos, cargas gerais e contêineres e outro destinado a granéis líquidos, derivados e petróleo e onde se encontra instalado o terminal de regaseificação da Petrobrás. O terminal do Pecém é líder na exportação de frutas no País, pescados e calçados. Operam no CIPP a Tortuga (fábrica de rações), Votorantim e Cimento Apodi (cimenteiras), Petrobras (planta de regaseificação), Termoceará, Termofortaleza, MPX (usinas termoelétricas), Wobben (aerogeradores), Jotadois (indústria de pré-moldados) e Hidrostec (tubos de aço). O principal projeto em plena construção no Estado atualmente é a Usina Termelétrica Energia Pecém (UTE-Pecém), que está prevista para operar já no último trimestre de 2011. Os investimentos são da ordem de R$ 2,6 bilhões para uma capacidade instalada para gerar 720 Megawatts (MW). A UTE-Pecém contratou 615 MW médios no leilão de energia A-5, que ocorreu em outubro de 2007, com contrato de vendas válido por 15 anos. A termelétrica é uma sociedade entre a MPX — do empresário Eike Batista —, que detém 50% do empreendimento, e a EDP do Brasil, também com 50%. Outros megaempreendimentos são avaliados como promessas que começam a sair do papel, como a Refinaria Premium II, da Petrobras, e a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP). Com muito esforço, o Estado começa a por em ação a promessa que percorre décadas. A refinaria está com a sondagem do terreno em fase de finalização. O terreno ainda não foi entregue à Petrobras pelo governo do Ceará, mas as obras de terraplenagem estão previstas para terem início ainda este ano. A CSP está em fase mais avançada. Já deu início a terraplenagem e está prestes a iniciar as obras, tendo em vista que possui a Licença de Instalação, emitida pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), em junho. A Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Complexo do Pecém foi a primeira a ser aprovada no País. Está prevista para iniciar a operação em abril de 2012. Possui 4.271 hectares para a instalação das indústrias interessadas em direcionar a maior parte da sua produção para o exterior, pois a área é livre de impostos e câmbio, como forma de incentivar atração de investimentos. Quintuplicar a capacidade de contêineres Está confirmada para agosto deste ano a inauguração do Terminal de Múltiplo Uso (Tmut), que vai permitir ao Porto do Pecém quintuplicar sua capacidade na movimentação de contêineres. A obra é uma ampliação da ponte em 348 m, do quebra-mar em mais mil m e no início de operação de dois berços de 350 m cada, que fazem parte do cais do Tmut. Esses dois berços contarão com 87 mil m² de retro área para estoque de contêineres e plugagem de contêineres refrigerados, disponibilizando mais 420 tomadas, que somadas às atuais 888 totalizam 1.308, facilitando a movimentação de frutas e alimentos perecíveis. O governo do Estado, através da Secretaria de Infraestrutura do Ceará, lançou em junho o edital de licitação para a execução das obras da segunda fase da ampliação do Porto do Pecém. Estas obras estão orçadas em R$ 609 milhões e atenderá aos futuros empreendimentos do CIPP, como a Refinaria Premium II, da Petrobras, a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) e as necessidades da Ferrovia Transnordestina. As obras incluem uma nova ponte de acesso ao quebra-mar existente de 1.520 m de extensão e pavimentação de 1.065 m sobre o quebra-mar; a ampliação do quebra-mar em cerca de 90 m; o alargamento em cerca de 33 m; a construção de 600 m de cais com dois berços de atracação de navios cargueiros ou porta-contêineres voltados para operação com carga geral e produtos da siderúrgica, refinaria e ferrovia, além da ampliação do pátio da retroárea em aproximadamente 69 mil m². Empresas que atuam nas obras do Porto do Pecém e CIPP · Integral Engenharia · Craft · Normatel · Marquise · Construtora Ivaí · Sanes Engenharia Fonte: Estadão