Retrospectiva: A Construção da usina hidrelétrica Santo Antônio

Retrospectiva: A Construção da usina hidrelétrica Santo Antônio

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Em um marco histórico para o setor de infraestrutura no Brasil, o Consórcio Construtor Santo Antônio (liderado pela Odebrecht) celebrou o lançamento da primeira camada de concreto na Usina Hidrelétrica Santo Antônio, localizada no rio Madeira, em Rondônia. O evento, que representou o início da concretagem da casa de força da usina, simbolizou o avanço de um dos maiores projetos de energia hidrelétrica do país.

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O lançamento da primeira camada de concreto ocorreu oito meses antes do previsto, um feito que demonstrou a eficiência da equipe do consórcio. Essa antecipação permitiu que a usina começasse a gerar energia em dezembro de 2011, um ano antes do prazo inicial acordado com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Na época, o diretor de contratos da Odebrecht, José Bonifácio Pinto Junior, celebrou a conquista: “É uma satisfação muito grande podermos garantir um suprimento de energia que não era previsto para o país.”


Ficha Técnica: Números e Impacto do Empreendimento

A Usina Hidrelétrica Santo Antônio representou um investimento de R$ 13,5 bilhões. Com uma potência instalada de 3.150 megawatts (MW) gerada por 44 turbinas do tipo Bulbo, o empreendimento tem capacidade para abastecer 10 milhões de casas, o equivalente a 4% da energia hidrelétrica brasileira.

A obra se destacou não apenas pela sua magnitude, mas também pelo impacto social e econômico. Cerca de 5.300 pessoas trabalharam no canteiro, sendo que 90% da mão de obra era de Rondônia, formada pelo Programa de Qualificação Profissional Continuada (Acreditar).

Legado e Contexto Político-Econômico

O projeto foi amplamente elogiado por autoridades. Na ocasião, o então governador Ivo Cassol (PP) parabenizou o consórcio pela antecipação do cronograma, ressaltando a viabilidade do empreendimento para Rondônia e para o Brasil.

Apesar da comemoração, o evento também serviu para abrir o debate sobre a distribuição da riqueza gerada pela usina. O governador questionou o fato do ICMS da energia beneficiar os estados consumidores, e não os estados produtores na região amazônica. Já o prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho (PT), destacou os investimentos municipais em saúde e infraestrutura, refletindo o crescimento impulsionado pela usina.


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