Novo terminal de BH alcançou alta performance nas obras de ampliação

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A entrega do novo terminal do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins (MG), se apresenta como novo padrão de realização de obras de infraestrutura aeroportuária.

Com prazo extremamente apertado, os trabalhos foram concluídos no período previsto. O esforço revela a capacidade de gestão do setor privado, envolvendo a concessionária e empresas de engenharia contratadas para a construção e montagem, em empreendimentos concessionados no País — e às vésperas de um novo ciclo de concessões do governo federal que se inicia em 2017. “Conseguimos replicar para o setor de concessões a lógica de performance empresarial, com estrutura ágil de gestão, metas bem definidas e custos competitivos”, afirma Newton Simões, presidente da Racional Engenharia, empresa responsável pela construção, ao explicar os fatores que levaram as obras a garantir previsibilidade de custos e tempo de execução. “A obra foi feita em 14 meses. Em poucos lugares do mundo se construiu um terminal aeroportuário com esse prazo.

A coordenação dos diversos envolvidos, como engenharia e projeto, possibilitou isso”, conta Adriano Pinho, diretor de Infraestrutura da concessionária BH Airport, integrada pelo Grupo CCR, Aeroporto de Zurich (Suíça) e Infraero. “Para acelerar a obra, instalações foram feitas em paralelo enquanto a construção civil seguia.
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O escopo de trabalho da Racional Engenharia envolveu construção do novo terminal e do viaduto de embarque/desembarque de passageiros, além de realizar a reforma do Terminal 1 em operação – foi a primeira obra de infraestrutura da construtora em 45 anos de atividades.

No pico de obras, o canteiro chegou ter cerca de 1.500 trabalhadores. O novo terminal de passageiros ampliou em mais de 60% a área atual do aeroporto e acrescentou 17 novas pontes de embarque à estrutura em uso – perfazendo agora no total 26 fingers. A expansão significa aumento de capacidade para 22 milhões de passageiros/ano.

O novo terminal de passageiros do aeroporto possui uma área construída de 52 mil m², com 650 m de extensão – somando aproximadamente 1 mil m de extensão se considerarmos o terminal recém-construído e o antigo, agora interligados, somando uma área total de 132 mil m².

A construção do novo espaço representava a principal obra de curto prazo da concessionária prevista no contrato de concessão. A concessionária BH Airport investiu R$ 870 milhões no complexo, que inclui a implantação do novo terminal, a reconfiguração do sistema viário de acesso ao aeroporto, a ampliação da área de pátio para aeronaves e novas vagas de estacionamento de veículos, além da revitalização do antigo terminal.

A nova área do terminal inaugurado irá concentrar as operações internacionais, inclusive check-in, e as salas de embarque dos voos domésticos – os check-in domésticos continuam sendo realizados no terminal existente. O acesso e a circulação de passageiros na nova área do aeroporto serão distribuídos em dois níveis. Os embarques para voos internacionais serão feitos pelo nível superior do terminal -um grande mezanino de sala de espera de embarque cria uma segregação de passageiros de voos internacionais de forma vertical.

O novo terminal é composto por três esteiras rolantes, quatro esteiras de devolução de bagagens, cinco canais de inspeção, dois canais de inspeção da Receita Federal e dez guichês para conferência de passaporte, além de 18 elevadores, nove escadas rolantes e 2.

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200 vagas de estacionamento.

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ARQUITETURA

A Bacco Arquitetos, responsável pelo projeto de reforma do terminal existente e pelo projeto de arquitetura do novo terminal, enfatizou em dar sequência à qualidade da estrutura existente, inaugurada em 1984 e cujo projeto foi elaborado pelo arquiteto Milton Ramos.

De acordo com o escritório, a proposta do trabalho de reforma procurou preservar o antigo terminal ao máximo e adaptá-lo às novas necessidades do aeroporto. A cobertura de vidro foi reconfigurada para assegurar melhor conforto térmico para os passageiros. A Bacco afirma que procurou resgatar alguns dos conceitos originais de Milton Ramos, liberando o espaço da antiga rua, que havia sido transformada em canteiros que bloqueavam a passagem dos usuários.

Já o desafio do projeto do novo terminal foi tratar a dimensão do novo píer. O amplo pé direito, de acordo com o escritório, permitirá, no futuro, a instalação de novas áreas comerciais.

A estrutura recém-construída privilegiou a incidência da luz natural. Os blocos onde estão situados os sanitários e as diversas instalações técnicas necessárias acompanham o ritmo da fachada no chamado lado terra do aeroporto. Três conjuntos de esteiras rolantes minimizam o tempo de percurso dentro do terminal.

OBRA

A construção do terminal teve seu pico de obras em meados de 2016, quando pelos menos 1.300 trabalhadores estavam no local.

Os grandes equipamentos da nova estrutura, como as pontes de embarque, exigiu aprofundado estudo de logística, porque o aeroporto se mantinha em funcionamento normal tanto no lado terra (área pública de trânsito de usuários) como no lado ar (área controlada do aeroporto, como pátio de aeronaves). Os pilares metálicos da nova estrutura, medindo 23 m e pesando mais de 15 t, por exemplo, foram entregues por carretas no período de menor fluxo de aeronaves.

O terminal recém-inaugurado é em estrutura metálica de 4.
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700 t de aço. O piso é de steel deck. Somente as caixas de elevadores (18, no total) e de banheiros são de alvenaria. A cobertura tipo sanduíche é constituída de telha trapezoidal, lã de rocha e telha zipada. O fechamento é em pele de vidro e placas cimentícias.

Com relação aos sistemas, foram instaladas a sinalização (way find), informativo de voos (SIV) e outros ligados à comunicação a partir do terminal existente. Já os sistemas de incêndio, ar condicionado, elétrica, água, entre outros, são controlados em uma edificação única, chamada CUT (controle de utilidade), erguida
ao lado do estacionamento.

Segundo a Racional, a obra foi planejada para ser realizada em duas frentes de trabalho simultâneas e em sentidos opostos. Ambas as frentes tiveram a seguinte sequência de trabalho: fundação, estrutura metálica, cobertura, fachada, instalações e acabamentos e pontes de embarque.

De acordo ainda com a construtora, a obra foi dividida em oito módulos, sendo que os módulos 5 e 6 representaram as áreas de embarque e desembarque internacional e a ligação com o terminal existente de Confins – partes da obra crítica e com grande volume de serviços por que o trecho possui mais pavimentos, além subsolo que exigiu contenções. Foi ainda necessário nesse trecho realizar demolições e reforços estruturais na edificação existente. “Atingimos a marca de 3,3 milhões de homem-hora trabalhadas, mantendo os índices de referência sobre acidentes muito baixos, e sem nenhum registro de acidente fatal”, lembra Guilherme Barbosa, diretor de Operações da Racional.

Fonte: Revista O Empreiteiro


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