A ética do senador Lobão Filho

Compartilhe esse conteúdo

Nildo Carlos Oliveira

Sempre imaginei a palavra ética associada às questões do comportamento. Comportamento ético. Uma maneira de ser, nos limites da decência, da honestidade. Um caráter ético – um caráter reto, sem desvios e subentendidos. O que é um político ético? Um sujeito que tem um comportamento consistente naquilo que faz e pratica. Age com uma conduta ética.

Muitos são éticos até determinado ponto do caminho político; depois se metem por encruzilhadas, atolam-se e, quando emergem, nem de longe são mais o que foram. Têm as mãos e a alma negras de sujidade. Outros se servem da ética para iludir eleitores incautos. E, lastimavelmente, conseguem ir longe.

De tanto ouvir dizer e de tanto pensar no que significa a ética, julgava-a incorporada às coisas do dia a dia. Nem sequer pestanejo ao imaginar um sujeito ético. Ele é tão raro na política que mesmo a grande distância consigo distingui-lo. Pode estar sob sol ou tempestade, seja dia ou noite. Em qualquer circunstância ele se destaca. A integridade tem uma identidade que atravessa as fronteiras do tempo.

Mas, para alguns, a ética é uma noção extremamente abstrata. Difícil imaginá-la. Seria um bicho de sete cabeças? Como trazê-la para o terreno prático?

Pensando nisso, leio com espanto entrevista do senador Edison Lobão Filho, do PMDB maranhense, sobre o tema. E ele, respondendo a uma pergunta da repórter Andrezza Matais, do jornal O Estado de S. Paulo de hoje, diz: “O que é ética para você pode não ser para mim. A ética é uma coisa muito subjetiva, muito abstrata”. Ah, bom.

Fonte: Nildo Carlos Oliveira


Compartilhe esse conteúdo

Deixe um comentário