Braskem avalia expansão para o Peru após descoberta de reserva de gás natural

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A recente descoberta de uma reserva de gás natural no Peru, anunciada por Petrobras e Repsol-YPF, despertou o interesse da Braskem em construir uma unidade no país vizinho. A reserva é estimada em 56 bilhões de metros cúbicos.

Segundo o presidente da Braskem, José Carlos Grubisich, a nova reserva reforça a atratividade de um projeto industrial no Peru, mas ainda não há decisão oficial sobre a entrada no país. A empresa aguarda a confirmação da dimensão das reservas e a garantia de fornecimento contínuo de gás.

Gás úmido favorece extração de matérias-primas

Diferente do gás boliviano, o gás natural peruano é mais úmido, o que favorece a extração de etano, butano e propano – componentes essenciais na produção de resinas plásticas. Com a confirmação da oferta, a Braskem pretende atuar na separação desses gases, processo central na sua cadeia produtiva.

Grubisich comparou o estágio atual do interesse pelo Peru ao momento em que a empresa iniciou os projetos na Venezuela há dois anos. No país governado por Hugo Chávez, a Braskem e a estatal Pequiven já têm dois grandes projetos em andamento:

  • Planta de polipropileno com capacidade de 450 mil toneladas/ano, investimento estimado em US$ 800 milhões;
  • Fábrica de polietileno de 1,2 milhão de toneladas/ano, com investimento de US$ 2,5 bilhões.

Ambos os projetos já tiveram estudos de viabilidade aprovados, com liberação de US$ 91 milhões pelo conselho da Braskem para as análises iniciais.

Interesse do setor plástico

A iniciativa da Braskem na Venezuela também atraiu dezenas de empresas da cadeia do plástico. Segundo o executivo, ao menos dez companhias latino-americanas demonstraram forte interesse em se instalar nas imediações das futuras plantas da Braskem e Pequiven, visando atender o mercado local e exportar para os Estados Unidos.


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