Enquanto dirigente da Reta Engenharia, empresa que está há mais de 24 anos no mercado com atuação em consultoria e engenharia especializada em viabilidade e gestão executiva de obras industriais e corporativas, percebo que se inicia um novo momento para o setor da indústria da construção.
Depois de muitos anos tomados por profunda recessão e pela estagnação dos negócios, experimentamos agora um cenário com sinais de retomada.
Como se sabe, é neste momento que o mercado lança um filtro sobre as empresas prestadoras de serviços: faz-se o diagnóstico de quais superaram o período difícil e, mais além, de quais conseguiram se preparar, mesmo em momento tão adverso, para a tão esperada retomada.
Esse cenário pressupõe a implementação de soluções arrojadas para o reimpulsionamento dos negócios em todos os segmentos. Para a indústria da construção, o caminho não é diferente: a modernização dos procedimentos internos, a prática da gestão compartilhada na implantação dos empreendimentos, o incentivo à inovação e a otimização dos processos de gestão são alguns dos requisitos demandados pelos clientes.
Outro fator determinante é o reconhecimento da necessidade de se dedicar mais tempo ao planejamento dos projetos. Maior cuidado nessa fase inicial sempre resulta em uma execução mais aderente às premissas que validaram a decisão pelo empreendimento. A valorização da engenharia, aliada à metodologia da gestão compartilhada – que integra os esforços e conhecimentos de todas as partes envolvidas na busca de benefícios para o projeto –, contribui decisivamente para garantir o desempenho almejado ao fim da implantação.
Do ponto de vista do calendário político- -econômico, este momento de sinalização da retomada vem embalado pela expectativa da aprovação, por parte do legislativo, de uma série de medidas.
Em primeiro lugar, a Reforma da Previdência: é uma matéria imprescindível para conter a trajetória ascendente da nossa dívida pública, o que é crucial para atrair os investidores e lhes garantir segurança nos negócios.
Outra mudança importante a ser realizada é a Reforma Tributária. A simplificação do sistema de tributos é outro grande anseio dos empreendedores brasileiros.
Outra notícia que trouxe otimismo para o mercado foi a edição da Medida Provisória 881, cujos objetivos são a redução da burocracia para a abertura de empresas e a garantia de maior segurança jurídica aos contratos. Além disso, está prevista menor intervenção do Estado na atividade econômica, permitindo maior liberdade às negociações do mercado. Por se tratar de uma medida provisória, o texto perde validade em breve, no dia 10 de setembro.
A expectativa dos empreendedores, portanto, é de que os plenários da Câmara e do Senado votem e aprovem a medida até essa data.
Em conjunto com todas essas reformas, também há grande expectativa pela implementação do programa de privatizações já anunciado. A efetivação desse pacote de medidas certamente resultará
na melhoria da infraestrutura do país, o que fará atrair mais investimentos e, consequentemente, mais renda e mais empregos. A partir daí, já se conhecem as consequências: mais empregos resultam em maior consumo, alavancando também a produção. O resultado, portanto, não pode ser outro: crescimento da economia do país e aumento da competitividade.
Por fim, a indústria da construção almeja combinar a aprovação dessa série de medidas com a implementação de novos métodos em seus processos de gestão e execução. Espera-se que essas novas práticas inaugurem um momento de crescimento e prosperidade com o cenário de retomada que se revela no horizonte.