CTR vai acabar com lixão em São Gonçalo (RJ)

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A cidade de São Gonçalo, localizada na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, a exemplo do que já aconteceu em Nova Iguaçu, está prestes a se adequar à nova Política Nacional de Resíduos Sólidos, que estabelece – como obrigação – a gestão integrada dos resíduos e o prazo de quatro anos para o encerramento dos lixões.
Está em fase de licenciamento a implantação da Central de Tratamento de Resíduos – CTR São Gonçalo, no bairro de Anaia Pequeno, que além de propiciar a destinação e o tratamento adequados de resíduos, será a solução para o aterro controlado de Itaoca, que está em recuperação ambiental desde 2004.
A CTR representa uma nova perspectiva no tratamento do lixo em São Gonçalo. Os antigos lixões – com a imagem degradante de pessoas em montanhas de lixo a céu aberto – dão lugar a um empreendimento com tecnologia de ponta, que garante a impermeabilização do solo, transforma todo o chorume gerado em água de reuso e o gás metano em energia.
A construção desse novo empreendimento fará com que o antigo lixão deixe de receber resíduos e seja definitivamente fechado em 2011. Todo o trabalho de operação, recuperação ambiental e encerramento de Itaoca está sendo feito pela CTR, uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) que possui a concessão pública da prefeitura local.
Os benefícios para São Gonçalo e seus habitantes, no entanto, vão além do tratamento dos resíduos. Com a implantação da CTR, está prevista a geração de aproximadamente 150 empregos na fase de obras e 250 na fase de operação, além dos indiretos, referentes aos fornecedores locais, consultores e prestadores de serviços em geral. Projetos socioambientais já estão sendo realizados, como o programa de educação para alunos da rede pública. Foi criado também o centro de convivência para os moradores da região, com espaço para palestras e reuniões, além de cursos e oficinas gratuitas. O campo de futebol do bairro Anaia Pequeno será reformado nos próximos meses.

Tecnologia e meio ambiente
Para garantir o tratamento e a destinação final ambientalmente correta dos resíduos, a CTR lança mão de tecnologia de ponta. O empreendimento conta com uma camada impermeabilizante de PEAD (polietileno de alta densidade), que impede a contaminação do solo e das águas. O biogás será utilizado na geração de energia limpa, reduzindo a demanda por fontes geradoras poluentes e minimizando a emissão de gases do efeito estufa.
O projeto da nova CTR de São Gonçalo, além da estrutura do aterro sanitário bioenergético, conta com as seguintes unidades: laboratório para análises; unidade de tratamento de biogás e geração de energia limpa; unidade de tratamento de serviços de saúde; unidade de reciclagem e beneficiamento de resíduos da construção civil; centro de educação ambiental e viveiro de mudas de espécies nativas da Mata Atlântica.
O fechamento de Itaoca e a operação da CTR São Gonçalo vão evitar a emissão de 457 mil t de gases do efeito estufa até 2012 (equivalente a retirar das ruas 324 mil carros).

Fonte: Estadão


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