No ano em que o Grupo Hochtief chegou ao topo do ranking das construtoras globais com atuação internacional, segundo a revista Engineering News Record, da McGraw Hill, de Nova York, com um faturamento de US$ 28 bilhões, sua congênere brasileira comemorava 45 anos de atuação no País, tendo se especializado em empreendimentos industriais e imobiliários para clientes privados, além de ter ingressado nos anos recentes na construção de Pequenas Centrais Hidrelétricas( PCHs).
Quando indagado sobre a oportunidade de se trazer a expertise do grupo global para o setor de infraestrutura brasileira, inclusive como investidor e operador/concessionário, como já atua em vários países, André Glogowsky, presidente da Hochtief do Brasil, afirma que a diretoria internacional na Alemanha tem acompanhado os desdobramentos do mercado de infraestrutura, à luz da expansão da economia brasileira nos anos recentes.
Ele acredita que a demanda pela modernização da infraestrutura no País poderá num dado momento futuro recorrer à experiência dos grupos de engenharia internacionais, transplantando para o Brasil, o know how em empreendimentos pioneiros que foram bem sucedidos em outras regiões do planeta. André entende como correta a postura da administração pública, nos três níveis de governo, a exemplo de outros países, quando busca resguardar o mercado nacional de obras públicas para construtoras locais.
A trajetória invejável da Hochtief no País foi construída sobre bases sólidas, com início em 1966 nos estudos para a linha norte-sul do Metrô de São Paulo,realizados pelo consórcio HMD. Em seguida, ela atuou na construção de uma ala da fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo, SP, com 200 mil m2. Outras obras industriais se somaram ao seu currículo: Aço Villares em Pindamonhangaba, SP; Laminador a quente da Alcan; Cervejaria Brahma na Argentina; Fábrica da Audi no Paraná; Aciaria da Gerdau em Araçariguama, SP.
A empresa teve expansão acelerada também em construção imobiliária, ganhando inclusive diversos prêmios Master, da FIABCI, tais como o complexo educacional da Escola Santa Úrsula; Torre Oeste do CENU; sede do antigo BankBoston, todos em São Paulo. Mais recentemente, iniciou, em consórcio, a sede administrativa da Petrobras em Vitoria,( ES); o empreendimento residencial Villa Lobos; a expansão na modalidade de "Green Building" do Hospital Israelita Albert Einstein,do edifício Eco Berrini, do edifício JK 16, todos com certificação LEED, localizados na capital paulista.
Uma obra industrial recente de destaque é a execução dos altos fornos da ThyssenKrupp CSA, concluída em dezembro de 2008 no Rio de Janeiro, na qual a empresa foi responsável pelas bases de fundação com volume de 11 mil m3 de concreto estrutural, fundação e estrutura das casas de corrida, com 12 mil m3; e o prédio com 12 silos de 1600 m3 cada, com 38 m de altura, que consumiu 18 mil m3 de concreto.
A Hochtief ingressou na construção de hidrelétricas no País na usina de Irapé, concluída em 2006 , com soluções de engenharia inovadoras. Daí expandiu-se para implantação de PCHs, para clientes privados, começando com a de Santa Fé, na divisa RJ/MG. Outros projetos foram a PCH Retiro Velho, em Goiás; e Retiro e Palmeiras, de 32,5 kw cada, em São Paulo. Seu faturamento bruto atingiu R$ 525 milhões em 2010 e projeta um crescimento em torno de 10% para este ano.
Fonte: Estadão
