Eixo-SP testa asfalto com plástico reciclado e RAP na SP-294

Compartilhe esse conteúdo

O uso de plástico reciclado pós-consumo (PCR) combinado com material fresado (RAP) está revolucionando a pavimentação de rodovias no Brasil. A concessionária Eixo-SP aplicou essa solução inédita na América Latina em um trecho de 1,2 km da Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294), em Parapuã (SP).

A proposta alia inovação, sustentabilidade e economia, ao aproveitar resíduos sólidos urbanos e asfalto reaproveitado em um novo tipo de mistura asfáltica mais resistente e ecológica.


Sustentabilidade e eficiência no pavimento

A mistura desenvolvida contém:

  • 25% de RAP (Reclaimed Asphalt Pavement)
  • 6% de plástico reciclado doméstico, incorporado ao ligante asfáltico (CAP 30/45)

Essa combinação promove:

  • Menor impacto ambiental, ao reduzir o uso de insumos virgens e o descarte de plásticos
  • Maior resistência a trincas, fadiga e deformações
  • Redução de emissões de CO₂ durante a produção do asfalto
  • Economia com materiais e transporte

O que é RAP e como ele é incorporado?

O RAP é o material proveniente da fresagem do pavimento antigo. Na Eixo-SP, ele é processado e reintegrado à mistura com controle de temperatura e granulometria, evitando a oxidação do ligante envelhecido. Um anel externo na usina permite a incorporação gradual do RAP, protegendo suas propriedades técnicas.


Por que usar plástico reciclado no asfalto?

Segundo os técnicos da Eixo-SP, o plástico reciclado melhora a adesão e a coesão da mistura asfáltica, reduzindo sua suscetibilidade térmica e aumentando a resistência à oxidação. Isso gera mais durabilidade para o pavimento, mesmo em condições adversas.

Além disso, o Brasil gera mais de 11 milhões de toneladas de lixo plástico por ano, sendo que apenas uma fração é reciclada. Essa aplicação cria uma destinação nobre e funcional para esses resíduos.


Resultados e próximos passos

O trecho de teste da SP-294 recebe diariamente cerca de 835 veículos comerciais. Os primeiros resultados apontam bom desempenho estrutural, com resistência a afundamento de trilha de roda e boa adaptação às condições de tráfego.

O sucesso do projeto reforça a importância de investimentos em inovação para rodovias sustentáveis, com potencial de replicação em todo o país.


Compartilhe esse conteúdo

Deixe um comentário