Na perspectiva de abertura de setor e venda de ativos, a Petrobras pretende bater o recorde do ano passado com um investimento de R$2,5 bilhões destinados às paradas programadas das suas refinarias — intervenções de manutenção das unidades industriais, inspeções e reparos ou substituição de equipamentos) , envolvendo cerca de 4,5 mil equipamentos. Em 2021, a empresa atingiu um fator de utilização total (FUT) de 83%, maior índice desde 2016, mostrando ganhos de eficiência.
Das 13 refinarias, 8 serão vendidas, de acordo com programa de desinvestimento: REMAN (Isaac Sabbá), LUBNOR (Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste), RNEST (Abreu e Lima), RLAM (Landulpho Alves), REGAP (Gabriel Passos), REPAR (Pres. Getúlio Vargas), SIX (Superintendência da Industrialização do Xisto) e REFAO (Alberto Pasqualini).
As 5 refinarias que permanecerão com a Petrobras são: REDUC (Duque de Caxias), RPBC (Pres. Bernardes), REVAP (Henrique Lage), REPLAN (Paulínia) e RECAP (Capuava).
O valor obtido das negociações será aplicado nessas 5 refinarias, aumentar a capacidade de investimento, além de fornecer recursos para os dividendos que consomem cerca de 35% do caixa gerado pelas operações. Após a conclusão das vendas, a capacidade de processamento será de 1,15 milhões de barris por dia (bpd) e focada na produção de combustíveis mais eficientes e menos poluentes, como o Diesel-S10.
O Plano de Negócio 2022-2026 prevê o investimento de US$6,1 bilhões. A estratégia da Petrobras é investir em novas tecnologias, produção de combustíveis mais eficientes e sustentáveis, como diesel renovável e bioquerosene de aviação (BioQAV)– dois combustíveis que podem ser produzidos a partir de óleo vegetal, usando a infraestrutura de refino e reduzindo as emissões de carbono.