Conhecida pela carteira no setor imobiliário, a gestora Nova Milano Investimentos decidiu entrar no setor elétrico. A administradora comprou 50% da RZK Energia, por R$ 215 milhões. A RZK tem atualmente 15 usinas e 75 MWp funcionando, além de outros 100 MWp em construção. Pelo menos 80% dos recursos devem ir para a conclusão dos empreendimentos. O restante pode ser usado na aquisição de uma comercializadora de energia ou uma energytech.
“Nossa plataforma tem as plantas de geração, a comercializadora e uma empresa de tecnologia para poder trabalhar junto aos clientes. O dinheiro é para a gente expandir e consolidar essa plataforma (…). A ideia é fazer M&As em fontes que já atuamos, seja biogás ou solar. Também podemos usar para comprar uma comercializadora ou empresa de tecnologia para poder trabalhar junto aos clientes. O dinheiro é para a gente expandir e consolidar essa plataforma (…). A ideia é fazer M&As em fontes que já atuamos, seja biogás ou solar. Também podemos usar para comprar uma comercializadora ou empresa de tecnologia”, diz o CEO da empresa, João Pedro Neves, em entrevista publicada no Jornal Valor Econômico.
Apesar do foco ainda ser no mercado imobiliário, o gestor da Nova Milano, Vinicius Mastrorosa, lembra que já olhavam para o setor elétrico com atenção, por conta da resiliência dos investimentos. Além disso, a gestora já tinha feito um financiamento para a RZK Energia em 2020 de uma usina de biogás, que já foi pago.
O CEO João Pedro Neves acredita que com a entrada Nova Milano, a empresa terá a possibilidade de acesso a outros investidores que poderão contribuir com a expansão da empresa. A gestão da RZK vai manter o formato atual, mas o board administrativo passará a ser composto por representantes do Grupo Rezek, holding da RZK Energia, e da Nova Milano. O novo sócio terá também uma cadeira no conselho de administração. Os outros 50% ficam nas mãos dos sócios fundadores.
Sócio do Grupo Rezek, José Ricardo Rezek, explica que a empresa atua também em serviços, em que os clientes pagam por um serviço de energia sem ter que fazer nenhum investimento em infraestrutura ou equipamentos geradores (Energy as a Service, em inglês). Eles fazem a gestão de 120 mil faturas no Brasil. Parte dos recursos devem fortalecer este modelo de negócios em que a empresa deixa de ser apenas uma geradora de energia e passa a prestar serviços juntando a demanda com o consumo ao fazer o link com os clientes que têm em carteira.
Outro segmento que eles querem ser fortes é o mercado livre, dado o contexto de abertura em que um número maior de consumidores atendidos em alta tensão poderá optar pela compra de energia elétrica de qualquer supridor a partir de 1º janeiro de 2024.