Até 2009, a quarta maior refinaria da Petrobras, a Henrique Lage (Revap), em São José dos Campos, a 90 km de São Paulo, passará por uma série de obras, que integram o programa de modernização, iniciado no ano passado. Ao todo serão implementadas 19 novas unidades, com um investimento total de US$ 2 bilhões.
Um dos destaques é a nova unidade de propeno que vai produzir 188 mil t/ano de propeno de grau polímero, com uma pureza de 99,7%, que será encaminhado a Campinas, através de carretas, para servir de insumo para a Petroquímica Paulínia S/A, joint-venture da estatal e Grupo Odebrecht.
A nova unidade de propeno, segundo o gerente setorial de Construção e Montagem de Unidades Petroquímicas da Petrobras, Simão Tuma, deve custar em torno de R$ 400 milhões e entrar em operação no dia 17 de março de 2008. O contrato das obras foi iniciado em setembro do ano passado.
Atualmente, estão em fase final os projetos de detalhamento e executivo. “Estamos adquirindo materiais e equipamentos e executando o estaqueamento.
Em breve, começaremos a terraplenagem e as edificações”, informa Tuma.
O gerente da Petrobras explica que a unidade de propeno será construída ao lado de uma outra unidade da Revap, a de destilação atmosférica e a vácuo. Segundo Tuma, é uma operação considerada de riscos tanto à segurança quanto à saúde dos trabalhadores.
“Por isso, fizemos a opção de construir a unidade de forma modularizada na própria Revap, mas em outra área, afastada da unidade de destilação atmosférica e a vácuo”, afirma.
Para explicar o que seria uma obra modularizada, ele exemplifica com os componentes de um home theather.
“Em vez de construirmos tudo num mesmo local, fazemos módulos, como se fossem legos gigantes. Todos esses módulos serão fabricados pelo Consórcio Propeno”. A opção por obras modularizadas decorreu da necessidade de evitar que os trabalhadores ficassem expostos a altos riscos.
Fonte: Estadão