Nova sede administrativa funciona economizando

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Resultado de um concurso nacional de arquitetura organizado pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), a partir de uma idéia de Guilherme Estrella, diretor de exploração da estatal, a nova sede administrativa da Petrobras na capital capixaba terá, na primeira fase, área construída de 103.000 m². O terreno onde o conjunto será construído é de 101.000 m². O projeto foi concebido pelo escritório Sidônio Porto Arquitetos Associados, desenvolvido a partir de pesquisa que considerou anseios e expectativas dos futuros usuários, levando em conta características topográficas, a necessidade de preservar espécies vegetais nativas e as peculiaridades do entorno urbano. Ele buscou a correta funcionalidade dos ambientes propostos, integra os espaços na conformidade do programa estudado e apresentado e prevê expansão futura. Além disso, privilegia o sistema viário interno coerente com o fluxo funcional e estabelece a integração com os acessos, de modo a reduzir possíveis impactos no trânsito local. O conjunto possui dois prédios de escritórios – as torres Leste e Oeste, com capacidade para 1.500 funcionários; um prédio central com 20 salas de reunião, salas de treinamento, de vídeo conferência, laboratórios, um data-center, um centro de realidade virtual, auditório para 500 pessoas, restaurante, um orquidário, uma central de utilidades e um “empreiterópolis”. Na prática, o “empreiteirópolis” é um prédio de apoio a empresas contratadas pela Petrobras. Alexandre Petroni, da Petrobras, gerente do empreendimento, diz que o programa de necessidades, elaborado a partir das experiências da estatal, dá prioridade à eficiência energética e ao baixo custo operacional. Nesse sentido, segundo ele, não é aplicável, ao conjunto, o conceito modista de “edifício inteligente”. Tal rótulo tem uma conotação de marketing, equivocadamente disseminado no mercado imobiliário. A sede da empresa será dotada de soluções avançadas, coerentes com a preocupação relacionada à preservação do meio ambiente. Nesse sentido, o projeto dá ênfase à ventilação e à iluminação naturais, associadas a sombreamentos, fachadas duplas, brises controlados, reaproveitamento total de água e emprego de materiais renováveis. A eficiência energética e o conforto incluem o uso de fontes energéticas alternativas. É que, como empresa de energia, ela deve dar o exemplo nesse campo. O arquiteto informa que as estruturas dos edifícios serão constituídas de placas de pisos e vigas pré-moldadas. As colunas serão feitas ora com pré-moldados em peça única, ora com pré-moldados em segmentos emendados ou moldados in loco. Todas as peças serão posteriormente monolitizadas por meio de armaduras e concretagem. Tornar-se-ão, assim, ,hiperestáticas. Os fechamentos laterais serão feitos com painéis leves termo-acústicos vazados e preenchidos com placas de poliestireno expandido. Já as estruturas metálicas das coberturas serão do tipo espacial ou treliçadas, compostas de perfis soldados, chapas dobradas e tubos. Os aços utilizados serão do tipo USI SAC 300, resistente à corrosão. O arquiteto, que levou esse projeto ao requinte dos cuidados para atendimento do programa colocado pela empresa, é autor de outros projetos concebidos para a Petrobrás e que atualmente se encontram em processo de execução em Macaé (RJ). São eles: o edifício Imbetiba, de escritórios, com 15 000 m² de área construída, que destina o subsolo para amplo estacionamento, e o edifício Imboassica, também de escritórios, com 12 000 m² de área construída, dotado de um restaurante com capacidade para 2.000 refeições/dia e equipado com um posto médico com área construída de 2 000 m². Essas duas edificações estão sendo construídas pela Hochtief.
Fonte: Estadão


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