Alicerçado nas diretrizes do Programa de Governo 2007-2010 e Plano Integrado de Transportes Urbanos-PITU (um processo contínuo de planejamento, em curso há 12 anos, o plano de expansão do Governo do Estado de São Paulo pretende acelerar o processo de modernização da malha da CCPTM – Companhia Paulista de Trens Urbanos, expandir o Metrô-– Companhia do Metropolitano de São Paulo e racionalizar o transporte sobre pneus sob responsabilidade da EMTU/SP – Empresa Metropolitana de Transporte Urbano nas três regiões metropolitanas. A importância do período 2007-2010 na construção da rede metropolitana de transportes é evidente: os investimentos propostos da ordem de R$ 17 bilhões significam um fluxo anual cerca de quatro vezes superior ao investido entre 1995-2006.
O plano de expansão prevê a modernização das linhas ferroviárias, assegurando qualidade de metrô para toda a rede sobre trilhos: mais de 100 km de novas linhas e serviços metroferroviários e corredores de ônibus, nas regiões metropolitanas de São Paulo, Baixada Santista e Campinas; mais de 100 novos trens de última geração serão incorporados à operação do Metrô e da CPTM, grande parte com ar condicionado e TV de plasma; modernização e recuperação da frota da CPTM.
A finalização dos projetos permitirá alcançar, em 2010: aumento de 55% no número de passageiros nos trens da CPTM e Metrô; elevação dos padrões de serviços das linhas da CPTM; redução de 25% no tempo médio de viagem no sistema sobre trilhos; redução das frotas de ônibus e do tempo de viagem no sistema sobre pneus nas três regiões metropolitanas com a construção de mais corredores; menos poluição, menos carros nas ruas, menos horas perdidas no trânsito e menos acidentes de trânsito.
Com quatro linhas operantes e 55 estações, o metrô tem uma frota com 117 trens e transporta 3,3 milhões de passageiros diariamente. Em 2007, o metrô recebeu R$ 880.866.636, a CPTM foi contemplada com R$ 399.606.730 e a EMTU outros R$ 37.142.873
Projetos em execução: obras de construção da Linha 4 – Amarela; a expansão da Linha 2 – Verde e início das desapropriações para obras da Linha 5 – Lilás.
Projeto – Linha 6-Rosa custará R$ 2,2 bilhões
As obras de construção da Linha 6-Rosa (Freguesia do Ó-São Joaquim), do Metrô devem ter início em 2010 e ser entregues até 2012, beneficiando 500 mil passageiros/dia. Seu custo está avaliado em R$ 2,2 bilhões. Consta também a implantação de um ramal de 2,3 quilômetros da Linha 2, com três estações na zona leste, que futuramente será integrado à Linha 6 e custará R$ 600 milhões. Somente essa extensão atenderá diariamente a 100 mil pessoas.
A Prefeitura vai repassar R$ 75 milhões ao Metrô, para os projetos funcional, básico e executivo do trecho, que será totalmente subterrâneo e exigirá algumas desapropriações, de acordo com o diretor de Engenharia, Luiz Carlos Grillo. Esse dinheiro faz parte do montante de R$ 1 bilhão que a Prefeitura dará ao Estado para aplicação no metrô. Outros R$ 225 milhões serão destinados pelo Município para as extensões de trem.
No trajeto de 9,5 quilômetros que ligará o bairro da zona norte ao centro estão previstas pelo menos 10 estações: Freguesia do Ó, Água Branca, Turiaçu, PUC, Pacaembu, Angélica, Higienópolis/Mackenzie, Bexiga, 13 de Maio e São Joaquim. A construção de uma 11ª parada, a Estação Santa Marina, entre Freguesia e Água Branca, será definida somente depois de estudos de demanda.
Haverá integração gratuita para os passageiros de outras linhas do Metrô e da CPTM nas Estações Água Branca (onde o metrô se encontrará com as Linhas A e B da CPTM), Higienópolis (onde haverá cruzamento com a estação de mesmo nome da futura Linha 4 – Amarela, prevista para 2012) e São Joaquim, que já faz parte da Linha 1-Azul (Jabaquara-Tucuruvi).
Pelo projeto anunciado, deverá haver uma parceria público-privada (PPP) para administrar o empreendimento, que será construído e operado pelo Estado. À iniciativa privada ficaria com a administração das estações e custearia parte das obras. O vencedor da licitação da PPP ficaria com a receita obtida na linha.
Zona Leste
O novo ramal da zona leste inicialmente funcionará como um prolongamento da Linha 2 -Verde, cujas obras de extensão vão chegar em 2010 até a Estação Vila Prudente (ganhando, no meio do percurso, as Estações Tamanduateí e Sacomã).
A partir dali, o Metrô ainda construirá as Estações Vila Alpina e Oratório. Essa obra começa em seis meses porque já foi licitada e tem até contrato assinado com a empreiteira Queiroz Galvão. O contrato, firmado em 1991, ganhará um aditivo e será retomado pelo Metrô, eliminando a necessidade de nova licitação.