“Teremos novas fontes de recursos, como novas concessões, para realizarmos investimentos”, disse Serra, sem, no entanto, especificar que tipo de concessões seriam estas.
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Os recursos, segundo Serra, serão inteiramente destinados a investimentos em infraestrutura. “Vamos investir em metrôs, trens urbanos, rede de estradas ao interior, Rodoanel, infraestrutura de saúde e educação”, enfatizou.
Serra comentou que o governo do Estado só conseguiu realizar investimentos em ano de crise, mesmo com a redução dos repasses dos fundos de participação dos estados e municípios, porque, no caso do Estado de São Paulo, não há dependência das receitas correntes. Ou seja, o dinheiro da venda do Banco Nossa Caixa para o Banco do Brasil, das concessões de estradas, de financiamentos externos e do BNDES, foram as principais fontes de recursos do governo.
Depois de criticar o atraso da política monetária adotada no auge da crise, dizendo que o Banco Central “tem um insuficiente conhecimento da economia”, e que a autoridade monetária deveria ter cortado a taxa básica em 4 pontos percentuais “de uma só vez”, Serra disse que há um erro também no que tange à participação dos estados e municípios no contexto do enfrentamento da retração da demanda.
Segundo o governador, os estados e municípios poderiam colaborar para o aquecimento da economia brasileira com maiores investimentos. “O plano do governo federal de R$ 1 bilhão para reestruturar os Estados e municípios é menor do que as perdas que eles têm tido, o que impede que se aumente os investimentos nesta esfera”, afirmou o governador.
Segundo ele, esta maior participação poderia se dar por meio do Fundo Soberano e da possibilidade de captação de empréstimos de forma mais ágil.
“Os estados e municípios poderiam ser aliados neste momento de crise, mas o que ocorre é que os investimentos (dos Estados e municípios) estão caindo fortemente, de modo que eles passam a agir pró-ciclo (de retração), não anti-ciclo (como deveriam)”, afirmou Serra, que participou de evento em São Paulo.
Fonte: Estadão