O sucesso do leilão dos aeroportos, ocorrido no dia 6 deste mês, mostra que a indecisão política do governo federal em acelerar as concessões e parcerias público-privadas (PPPs) em todos os segmentos da infraestrutura, estava na contramão do que ocorre em todo o mundo e não tinha razão de ser.
Em vista da precária captação de poupança da economia brasileira, e dos bilhões de dólares em recursos ávidos por bons investimentos no mercado global, o caminho só poderia ser esse: atrair os investidores privados para aplicar na infraestrutura brasileira.
O que não dá para entender é que, num momento como esse, com os países emergentes à frente do mundo desenvolvido em termos de expansão econômica – com o Brasil figurando como uma das estrelas do cenário global -, a presidente Dilma Rousseff tenha faltado ao Fórum Econômico Mundial de Davos, e não haja mandado pelo menos uma representação, como o presidente Luciano Coutinho, do BNDES, o ministro Guido Mantega, da Fazenda, o presidente da Vale, Murilo Ferreira e Jorge Gerdau Johannpeter, presidente do conselho da Gerdau, e os CEOs das maiores empresas de engenharia do Brasil. Miopia mata, se tivermos pela frente um trem.
(Joseph Young – diretor editorial)