Um estudo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) revela que as perspectivas de investimento no Brasil estão em franca recuperação, se aproximando dos patamares observados antes da crise global. O total de investimentos previstos para o período alcançou R$ 731 bilhões, retomando o crescimento após a queda no auge da crise.
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A principal força motriz dessa expansão continua sendo os megaprojetos de energia e infraestrutura, que demonstram resiliência e foco no crescimento de longo prazo do país.
Infraestrutura e Energia: Os Pilares da Retomada (H2)
Enquanto o investimento total no país demonstrava recuperação, alguns setores cruciais não apenas mantiveram o ritmo, mas ampliaram suas previsões:
Petróleo e Gás impulsiona o Pré-Sal (H3)
O segmento de Petróleo e Gás ampliou significativamente suas projeções de investimento, passando de R$ 270 bilhões para R$ 287 bilhões. Este aumento é creditado diretamente aos novos projetos e à exploração do Pré-Sal, consolidando a área como um dos maiores focos de investimento.
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Saneamento e Ferrovias em Alta (H3)
- Saneamento: As previsões de investimento no setor de Saneamento Básico passaram de R$ 37 bilhões para R$ 40 bilhões, sinalizando a prioridade crescente dada à melhoria da infraestrutura essencial.
- Ferrovias: O setor ferroviário teve um salto expressivo na expectativa de aportes, saltando de R$ 16 bilhões para R$ 37 bilhões, evidenciando o foco na expansão e modernização da malha logística.
- Energia Elétrica: Manteve-se estável e resiliente, com uma previsão de investimento de R$ 119 bilhões, sustentando o fornecimento de energia para o crescimento nacional.
Indústria: Incertezas e Quedas Setoriais (H2)
O setor industrial demonstrou mais cautela, com a recuperação ainda dependente da economia mundial e das exportações. A previsão total de investimento no setor industrial se manteve no patamar de R$ 159 bilhões, bem abaixo dos R$ 239 bilhões pré-crise.
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Os destaques de retração foram:
- Siderurgia: Queda brusca de R$ 61 bilhões para R$ 29 bilhões, refletindo a menor demanda global por metais.
- Indústria Extrativa Mineral: O tombo foi persistente, caindo de R$ 72 bilhões para R$ 46 bilhões, o que reflete a crise em grandes projetos, como o caso da Vale.
- Setor Automotivo: As estimativas de investimento caíram de R$ 35 bilhões para R$ 21 bilhões, em função da retração do consumo global.
Apesar da cautela, apenas o setor Petroquímico ampliou ligeiramente sua previsão de investimento, passando de R$ 32 bilhões para R$ 33 bilhões.




