O primeiro leilão de terminais portuários de 2025 arrecadou R$857,1 milhões em outorgas, com a concessão de quatro áreas, três delas no porto paranaense de Paranaguá e uma no Rio de Janeiro. Os leilões foram promovidos na sede da B3 em São Paulo, e no total, 10 proponentes participaram das disputas pelos ativos, que contaram com três vencedores distintos.
Os quatro terminais portuários leiloados somam cerca de R$1 bilhão em investimentos diretos, com a maior parte construída nas três áreas do Porto de Paranaguá: PAR15, PAR14 e PAR25. Ao incluir as obras de infraestrutura pública, a cifra chega a R$2,1 bilhões. Os terminais paranaenses serão concedidos por 35 anos e o do Rio de Janeiro, por 10 anos.
A maior outorga foi registrada no último leilão da série. O PAR15 foi arrematado pela Cargill Brasil por R$411 milhões. O operador será responsável por implantar quatro balanças e dois tombadores até o quinto ano de contrato, além de integrar sua operação ao “Píer T”, com capacidade mínima de movimentação de 2,2 milhões de toneladas por ano.
Já a operação do PAR14 foi conquistada pelo BTG Pactual Commodities Sertrading. Com área de 82.436 m², exigirá investimentos mínimos de R$1,187 bilhão, o maior montante do lote concedido. Do montante total, R$529 milhões são referentes a aportes no próprio terminal e R$477 milhões em infraestrutura pública.
Entre as melhorias previstas estão a construção dos novos berços do “Píer T”, com sistemas modernos de despoeiramento, elevadores de canecas, torres de transferência e balanças de fluxo. A conexão com o sistema Moegão será obrigatória na fase inicial, com a instalação de duas linhas transportadoras capazes
de movimentar até 2 mil toneladas por hora.
O PAR25 teve como vencedor o Consórcio ALDC, composto pelas empresas Louis Dreyfus e Amaggi. O grupo saiu vencedor com uma outorga de R$219 milhões. O terminal de 43,2 mil m², deve atrair cerca de R$565 milhões em investimentos, sendo R$233 milhões em aportes diretos no próprio terminal e R$331 milhões para obras de infraestrutura pública.
Além das ganhadoras, participaram também das disputas a Rocha Granéis, Arco Norte, Interalli Grãos Terminais, Infra II Investment, Potencial Agro e ITCSI Américas.
Rio de Janeiro
Com proposta única, o Consórcio Porto do Rio de Janeiro arrematou a concessão do terminal portuário RDJ11, o primeiro a ser leiloado. O grupo vencedor, composto pelas empresas Triunfo Logística e Sul Real GMBL, ofertou outorga de R$2,1 milhões. O RDJ11 terá contrato de modelo simplificado e duração de dez anos. O projeto prevê investimentos diretos de R$6,8 milhões e será destinado à movimentação e armazenagem de granéis sólidos e carga geral.