Nas rodovias, quilômetros de problemas

Compartilhe esse conteúdo

Dentre as concessões conquistadas, a que exigirá maior volume de investimentos (R$ 4,6 bilhões) é a Fernão Dias – BR-381, trecho São Paulo-Belo Horizonte. Com o total de 562,1km em pista dupla, o lote sob concessão era considerado um dos segmentos rodoviários mais perigosos do país, em péssimo estado de conservação e com evidentes sinais de degradação por falta de manuternção e volume de tráfego acima suas capacidades. O trecho se inicia no município de Contagem (MG), na extremidade sul do segmento em trincheira sob a Praça da Cemig (km 478, aproximadamente), e termina no entroncamento com a rodovia BR-116/SP (Via Dutra), no limite de jurisdição da concessionária Nova Dutra, incluindo todos os acessos e interseções, passagens superiores e inferiores e respectivos ramos e alças, vias laterais e passarelas.
Interligando as regiões metropolitanas de Belo Horizonte e São Paulo, a Fernão Dias foi construída entre 1957 e 1960, completando a conexão do denominado "Triângulo Econômico do Brasil". O crescimento do volume de tráfego da rodovia, nessas quatro décadas de operação, tem sido significativo, manifestando-se com mais intensidade nas proximidades de Belo Horizonte e São Paulo.
Para atender a essa demanda, já em 1970 duplicou-se a rodovia entre Belo Horizonte e Betim (21 km) e, posteriormente, o segmento final de 4 km antecedendo a Via Dutra. Ainda na década de 70, o então Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) promoveu a elaboração de estudos de viabilidade e de projetos de engenharia, com o objetivo de implementar uma segunda pista para atender à demanda de tráfego.
Em 1983, para atenuar o problema, foram implantadas terceiras faixas nos trechos mais críticos da rodovia. Estudos realizados em 1993 mostraram, na maioria dos trechos, congestionamentos progressivos, sendo quase diários no trecho inserido na área metropolitana de São Paulo e, principalmente nos fins de semana, no trecho da Serra da Cantareira (km 68/79). Data de 1993 a contratação de um empréstimo junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) visando a duplicação da rodovia, inclusive a restauração da pista existente.
O lote com a segunda maior demanda de investimentos (R$ 4,3 bilhões) e em situação semelhante à primeira colocada, corresponde à BR-116/SP, entre o km 268,9/SP (cabeceira sul da ponte sobre o Córrego Pirajussara, divisa entre os municípios de São Paulo e Taboão da Serra) e o km 89,6/PR (extremidade leste da interseção com a BR-476). Compreende também o trecho da rodovia PR-418/BR-116, a construir, em pista dupla, entre a BR-116/PR (aproximadamente km 83) e a PR-417 (Curitiba-Colombo), denominado "Contorno Norte de Curitiba".
A extensão total da Régis Bittencourt é de 401,6 km, dos quais 359,3 km estão duplicados. Os 30,5 km em pista simples, a duplicar, na transposição da Serra do Cafezal, e os futuros 11,8 km do Contorno Norte de Curitiba têm suas construções previstas para serem. A seguir as metas de investimentos para cada uma da cinco concessões.

Fonte: Estadão


Compartilhe esse conteúdo

Deixe um comentário