O 30º Encontro Internacional de Tecnologia Não Destrutiva (30th No-Dig 2012), realizado em São Paulo de 12 a 14 deste mês (novembro), reuniu especialistas do Brasil e de outros países, e discutiu avanços desse método, cada vez mais aplicado na instalação, reparação e reforma de tubos, dutos e cabos subterrâneos, utilizando técnicas que minimizam o impacto dessas obras no meio ambiente. O engenheiro Sérgio Augusto Palazzo, diretor de relações institucionais da Associação Brasileira de Tecnologia Não Destrutiva, que organizou o evento, resumiu para a revista O Empreiteiro, no texto abaixo, o foco principal do evento:
O Brasil tem hoje um mercado relevante, tanto em relação ao volume de contratações, quanto em relação à diversidade dos métodos utilizados. Na ABRATT, trabalhamos os diâmetros até 1,20 m. Acima disso, o Comitê Brasileiro de Túneis (CBT) atende a comunidade técnica.
De todos os métodos de perfuração utilizados atualmente, a grande estrela é a perfuração horizontal direcional, que, pelos recursos e facilidades, atende a uma grande gama de aplicações na instalação de redes de água, esgoto, gás, comunicações e dados e energia, seja cruzando essas redes por baixo de rodovias, ferrovias e rios, seja em instalações de anéis desses serviços.
Outros métodos observam trajetória crescente, principalmente em obras de esgotamento sanitário, como é o caso dos microtúneis, com tubos cravados.
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No segmento de renovação e reabilitação de redes, outro método vem ocupando lugar de destaque, que é a substituição de redes de água, por arrebentamento hidráulico estático, pelo mesmo caminho da rede existente.
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Enfim, o método não destrutivo (MND) está na mira dos projetistas desses serviços, ainda mais quando imaginamos as enormes restrições que temos na superfície, com cidades que já não comportam a interrupção de uma via sequer de tráfego. A escavação de valas é quase proibitiva quando pensamos nas interrupções, espaço, bota-fora, importação de novos solos para reaterros de valas etc.
Dos grandes utilizadores do método já é possível destacar, entre todas as companhias de distribuição de gás, a Comgás, com programas anuais de instalação de suas redes ao redor dos 400 km a cada ano; a Petrobras, outro grande contratante, que supera dificuldades em áreas de proteção ambiental, instalando seus anéis e, neste caso, destacando redes de grandes diâmetros. E destacamos também a Sabesp, hoje com contratações de dezenas de km, de reabilitação, renovação e principalmente instalação de redes novas de águas e esgotos e o setor privado, principalmente na mineração, com a Vale com minerodutos, todos precedidos pelo segmento de comunicação, com o uso de fibra óptica.
O método agora focaliza o estabelecimento de protocolos, treinamentos, certificações, formação de mão de obra, além de um trabalho paciente e contínuo com os projetistas e contratantes, que envolve inclusive o estabelecimento de protocolos para as contratações.
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O 30º encontro debateu tudo isso, trazendo novidades nesse tema, de outras partes do mundo. (Sérgio Augusto Palazzo)
