O Grupo Pöyry, multinacional finlandesa de consultoria e serviços de engenharia, apresentou o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (Rima) do projeto da Braxcel – Companhia Brasileira de Celulose, que será instalada na cidade de Peixe, Tocantins, e vai absorver investimentos de R$ 4,1 bilhões. Participaram da audiência pública, realizada pelo Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), mais de 900 pessoas, entre representantes da comunidade, de órgãos públicos, de ONGs e da iniciativa privada, que tiveram respondidas satisfatoriamente mais de 70 perguntas.
A Braxcel é uma empresa controlada pelo Grupo GMR, que já possui uma grande base de terras e florestas em desenvolvimento na região de Peixe, Gurupi e São Valério, no Tocantins. A nova unidade industrial terá capacidade para produzir até dois milhões de toneladas de celulose branqueada de eucalipto por ano, com perspectiva de iniciar operação com 1,5 milhão de toneladas por ano. “Nessa fábrica serão utilizadas as mais avançadas tecnologias disponíveis e as melhores práticas de gerenciamento ambiental”, explica Kleib Henrique Fadel, Coordenador de Estudos de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Pöyry.
Entre os principais benefícios do empreendimento para a região, Fadel destaca as novas oportunidades de trabalho – no pico da obra, o projeto deve gerar mais de 7 mil postos –, a potencialização do setor terciário, significativa arrecadação de impostos, crescimento da renda per capita e melhoria na qualidade de vida da população. “O projeto contribuirá para que Peixe se torne um município exportador, promovendo o desenvolvimento econômico e da infraestrutura da cidade e de seu entorno”, acrescenta.
O EIA-Rima conduzido pela Pöyry comprova que os impactos ambientais do projeto não são significativos, considerando todos os meios – ar, solo, água, fauna, flora e população. “Serão implementados planos ambientais de monitoramento e controle para evitar e/ou mitigar os impactos”, esclarece Fadel ao destacar que todas as áreas da fábrica com risco de vazamentos de produtos químicos ou efluentes serão impermeabilizadas e dotadas de sistemas de contenção. “Mesmo que o risco seja mínimo, a Braxcel realizará periodicamente monitoramento com amostras de solo e das águas superficiais e subterrâneas”.
A previsão é que as obras sejam iniciadas no primeiro semestre de 2015 e a operação, na segunda metade de 2018.
Fonte: Padrão