Localizada no meio da Serra Gaúcha, no Rio Grande do Sul, uma plataforma onde o visitante pode caminhar por cima do vidro e admirar uma paisagem inusitada foi construída com tecnologia quase 100% nacional; com exceção dos cabos de estaiamento, da fabricante Fatzer Brugg, que vieram da Suíça. Essa é a Skyglass Canela, que além da imponência da estrutura, o espaço apresenta duas formas de contemplar a natureza. Além da plataforma, o espaço oferece a experiência do “Abusado”, um passeio de monotrilho suspenso com 10 lugares a 360 metros de altura sobre o Rio Caí.
A plataforma, que recebeu investimento de mais de R$ 30 milhões, é uma estrutura de aço e vidro de 68 metros. Ela é sustentada por três pilares e seis tirantes, o que permite que ela se projete a 35 metros sobre o vale a partir do último pilar. Os vidros pesam 12,6 toneladas e são compostos por piso com 40 mm (4 lâminas de 10 mm) e suportam 900 Kg por m²; além do guarda-corpo com 20 mm (2 lâminas de 10 mm). Entre as lâminas de vidro, existe uma película transparente e de alta resistência chamada Interglass, que garante uma blindagem extra e segurança adicional. Na superfície, também é aplicada uma película, que protege o vidro e periodicamente é substituída, dando maior durabilidade e sempre uma visão límpida.
A capacidade do Skyglass com total segurança é de 260 pessoas em circulação ao mesmo tempo, ou seja durante a visita. No entanto, para dar conforto ao visitante, o empreendimento adotou como limite 50% dessa total, ou seja, até 130 pessoas na visita.
Já o “Abusado” é um monotrilho com capacidade para dez pessoas por passeio. O circuito tem 95 metros e dura 2,5 minutos, impulsionado por quatro motores elétricos. Sua montagem e construção foi feita pela empresa Pró Aço. O atrativo tem o objetivo de proporcionar a experiência de flutuar sobre o vale. O peso total do conjunto, somando aço, soldas, vidros, grades, guarda-corpos e o comboio Abusado é de 226 toneladas. A potência do conjunto de motores do comboio é 16cv (12kw).
A concepção dos equipamentos foi realizada pelo empresário Moacir Bogo. O cálculo estrutural e responsabilidade técnica foi feito por duas empresas de engenharia: Rodrigo Aparecido Petroni Engenharia (Construtora e Locadora THERRA) e por Fernando Pirani Faustino Engenharia (Pirani Faustino), ambas com sedes em São Paulo – SP. O projeto arquitetônico foi elaborado por Wender Del Río Arquitetura e Urbanismo, de Porto Alegre – RS. Já a fabricação do equipamento foi executada pela Proaço Indústria Metalúrgica, de Ituporanga-SC.
Com capacidade para receber até 5 mil pessoas por dia na plataforma, o espaço funciona das 9h às 18h e os preços saem a partir de R$ 100 e podem ser adquiridos pelo site, na bilheteria ou por meio de parceiros.